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Quem foi Balaão? Bamidbar 22.2 a 25.9 (Parashá Balak)

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terça-feira, 30 de julho de 2019

O Poder das Mãos - Parashá Pinchás - Números 25.10 a 30.1

Após um novo censo Moisés recebe a ordem para se preparar para sair do mundo físico. Terá que sustentar as suas mãos sobre Josué, "um homem de espírito" Nm 27.18 para o "encarregá-lo" e "investir parte de seu resplendor" nele v. 20. Esse "sustento" de mãos tem o mesmo radical hebraico de "autorizar", "aproximar" e "colocar". Moisés fez isso tudo com Josué.

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O nosso corpo possui diversos portais de comunicação entre o mundo invisível e o mundo físico.

Falamos pela lição de Balaão que a boca pode ser um desses portais, exemplificando a de uma jumenta de propriedade do profeta de Midian. Ela apenas foi um instrumento de saída de palavras entre os mundos! Não era um animal falante, não tinha anatomia física para isso, não era um ser pensante de espécie diferente. Era um portal. O som saiu da boca física. D'us diminuiu o famoso profeta Balaão ao parâmetro de um animal que conversava! Ele nem viu o anjo que assustava a jumenta! A mensagem é que apesar de toda a sua capacidade de passear pelo mundo espiritual e oculto, ele deveria transmitir a sua mensagem a Balak exatamente como ela, sem pensar e esboçar qualquer sentimento contra as ameaças de Israel aos midianitas.

Entendemos que apesar de a boca ser um desses portais, ela também pode ser perigosa para transmitir mensagens dissimuladas.

OS SENTIDOS

Existem portais de entrada, como por exemplo os nossos olhos. Podemos captar muitas mensagens e sinais do mundo espiritual quando não estamos somente apegados ao mundo físico. Os ouvidos apurados e treinados conseguem captar ondas sonoras e frequências para se conectar com o que não é visto. O olfato também é um portal. Pode ser usado pelos registros em nossa memória do que é agradável ou não. Elevamos a nossa alma até com o cheiro de bolo de nosso vizinho que lembra os tempos de infância.

Todos os sentidos são representados no Mishkan (Tabernáculo), inclusive o paladar! O sentidos são portais de comunicação do corpo humano com D'us, e através deles Ele fala à nossa alma.

Mas se tratando de mãos, elas são portais de entrada e saída.

As mãos são mais sinceras em manisfestar o que mora no mais íntimo. Elas registram os nossos atos, e forma um histórico daquilo que está no coração. Os espíritos maus se apegam e observam as mãos das pessoas para detectar as suas fragilidades, é por isso que na tradição judaica se lava as mãos após assistir um funeral, ou após acordar.

O ato de comer para um judeu é um momento sagrado, por isso se lavam as mãos antes das refeições com bençãos, um pensamento muito além do que a eliminação de sujeira e micróbios.

Reforçamos a citação de Madre Tereza de Calcutá: "as mãos que realizam grandes obras de amor são mais sagradas do que as bocas que só proferem bençãos". As mãos podem possuir grande autoridade espiritual no mundo físico. Depende do seu histórico de ação!

Assim as mãos de Moisés foram capazes de liberar a sua liderança para Josué. Sabemos que Moisés não foi um homem perfeito, ele cometeu diversos erros mas as ações de suas mãos certamente manifestaram a sua dor e arrependimento. Elas realizaram grandes e maravilhosas obras, abriram portais, escreveram, registraram, ungiram, montaram, construíram, apoiaram, conduziram, julgaram, se juntaram para clamar, para orar.... como questionar essas mãos de um coração que na verdade tinha o interesse de obedecer a D'us?

Mãos são portais, por isso é sábio considerar quem coloca as mãos nas cabeças das crianças. As mãos podem ser entradas de intenções e influências negativas, que podem ser canalizadas pela pessoa que impõe. Valorize o poder de suas mãos e use-as primeiramente para a sua proteção e cura.

As religiões orientais dão muita importância ao poder das mãos, existem posições chamadas de "mudras" que sinalizam ao mundo espiritual as suas intenções. Mas independente de posição ou de imposição, concluímos que para serem abençoadoras, as mãos tem que ter o seu histórico de amor, um histórico divino com o próximo, pois senão a imposição não terá efeito algum.


Reelembrando as pergunta de Tehilim 24.3

 "Quem poderá subir o monte no Seu Santo Lugar?"
"Quem há de permanecer no Seu santo Lugar?"

E a sua resposta instrutiva:

"Aquele que tem as mãos limpas e coração puro, (que não entrega a sua alma à falsidade) que não recorre aos ídolos, nem jura por falsos deuses." Tehilim 24.4

"Esse obterá do Senhor a benção e a justiça do D'us de Sua Salvação" Tehilim 24.5

Confirmando que as nossas mãos são Portais:

"Levantai, ó Portas, as vossas cabeças; levantai-vos ó Portais Eternos, para que entre o Rei da Glória." Tehilim 24.7